
A pélvis do mamute foi encontrada junto do esqueleto
quase completo em um terreno perto de La Brea
O esqueleto quase completo de um mamute foi descoberto
em plena cidade de Los Angeles, anunciaram paleontólogos
nesta quarta-feira. Batizado de “Zed”, o mamute, com
presas de 3 m de comprimento, faz parte de uma série de
dezenas de milhares de fósseis encontrados na escavação
de um terreno perto de La Brea.
No mesmo lugar, cientistas encontraram troncos de
árvore, tartarugas, serpentes, conchas, peixes e até
folhas de carvalho preservadas em areia mesclada
com hidrocarbonetos.
Estes fósseis “nos dão a oportunidade de obter uma
fotografia detalhada do que foi a vida entre os anos
10 mil e 40 mil antes de nossa era, assinalou John Harris,
curador do museu que abriga os fósseis descobertos em La Brea.
Segundo o cientista, este local representa “uma biblioteca de como
foi a vida no pleistoceno”.
Único no mundo em ambiente urbano, La Brea é resultado de um
fenômeno natural de afloramento de hidrocarbonetos, onde caíram
numerosos animais, muito antes de que a zona estivesse no meio
da segunda cidade dos Estados Unidos.
Fóssil descoberto na China derruba teoria e sugere que ‘avô dos pássaros’ na evolução era dinossauro
A descoberta de um fóssil na China fez cair por terra uma
velha teoria sobre oArchaeopteryx, espécie considerada elo
de ligação entre os dinossauros e os pássaros. Segundo o estudo
divulgado pela revista Nature, o ancestral das aves faria parte do
primeiro grupo.
A razão da reviravolta é um fóssil encontrado na região de Liaoning,
na China, batizado deXiaotingia zhengi. Acredita-se que o animal viveu
no período jurássico, entre 145 e 160 milhões de anos atrás.
Mais bem conservado que o Archaeopteryx, ele revela que apesar das
penas, o animal tinha “garras nas pontas de suas patas dianteiras e
dentes afiados”.
Segundo a revista, “o Archaeopteryx tem sido colocado na base da árvore
de evolução dos pássaros. Ele tem características que o ajudam a ser
definido como um pássaro, como braços longos e robustos (equivalente às asas)”.
Porém, análise do Instituto Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia
Pequi, liderada pelo cientista Xing Xu, mostrou que o Xiaotingia está mais próximo de dinossauros como o Velociraptor e o Microraptor do que de
pássaros primitivos.
Logo, os cientistas chineses classificaram o Xiaotingia no grupo Deinonychosauria, de dinossauros, e não no Avialae, que reúne aves.
Segundo os chineses, as características que os levaram a fazer a troca
foi a constatação de que o Xiaotingia possuia focinho menor e uma
expansão da região que fica atrás da cavidade ocular, marcas
encontradas no Microraptor, mas não nas aves do grupo Avialae.
Darwin
Descoberto em 1861, pouco tempo depois da publicação de A
Origem das Espécies, de Charles Darwin, que revolucionou a
paleontologia, o fóssil do Archaeopteryx não demorou para ser
classificado como o “elo perdido” entre os pássaros e os dinossauros.
Para o cientista chinês, “ a classificação do Archaeopteryx foi
resultado tanto da história quando da escassez de material
mostrando a transição de dinossauros para pássaros”.
Para o paleontólogo da Universidade de Ohio Lawrence Witmer, o
“Archaeopteryx era considerado uma ave porque tinha penas e
nenhum outro tinha. Depois, em outros animais, dedos, mãos e
passaram a ser descobertos”, diz, explicando a mudança de
referencial para considerarem um animal ave ou não.
Para Thomas Holtz, da Universidade de Maryland, ainda não
palavra final sobre o assunto, já que novas descobertas
podem levar a outras conclusões.